Eis o Natal!


Eis o Natal!



Reza a tradição, que o Natal é tempo de amor fraterno e solidariedade. No entanto, os Natais dos últimos anos não têm sido mais os mesmos. Não sei se foram eles que mudaram ou eu, mas lembro-me de um tempo em que, embora ainda não se tivesse o hábito de enfeitar as fachadas das casas, as noites de dezembro, quando se esperava ansiosamente por Papai Noel, eram bem mais luminosas e mágicas do que hoje em dia. Nessa época, não havia crises econômicas, preconceitos étnicos, intransigências políticas e religiosas, crianças abandonadas e outras coisas igualmente tristes. Não existia descaso e indiferença às dores alheias. Um tempo em que se doar era algo natural. Ao menos, eu, na minha gentil infância, assim enxergava.